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Mostrando postagens de março, 2012

Globo desrespeita jornalistas com medidas contra a queda de audiência

A Rede Globo teve uma queda de 10% na audiência em janeiro de 2012 em comparação ao mesmo período no ano passado. A baixa no índice do Ibope vem se acentuando desde 2006, sem que houvesse qualquer mudança na grade de programação. Diante da concorrência que se abre pelas outras emissoras por telespectadores, a Globo recentemente tomou uma medida abusiva contra o trabalho dos jornalistas, adotando uma prática que constrange o exercício da nossa profissão. Essa política ficou clara na busca pela exclusividade nas coberturas dos jogos esportivos em Minas Gerais. As normas anunciadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) que concedem vantagens a Rede Globo, emissora detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos Mineiro e Brasileiro, são um desrespeito ao trabalho dos jornalistas e representam uma tentativa de monopólio sobre as transmissões que acontecem nas arenas esportivas. As atuais regras da Federação que colocam as decisões sobre a cobertura nas mãos da Assessoria de Impren

Oposição Sindical repudia declarações de Léo Burguês

Na mesma semana em que foram realizadas as primeiras assembleias da Campanha Salarial de 2012, na qual os jornalistas lutam para conseguir o piso no valor de R$ 2.400, Léo Burguês, presidente da câmara dos vereadores de Belo Horizonte, a fim de justificar a proposta de aumento dos vencimentos mensais dos parlamentares, declarou que os repórteres presentes na coletiva ganham mais que o dobro dos legisladores da cidade.“Um jornalista de, provavelmente, todas as emissoras que estão aqui, ganha duas ou três vezes mais”, disse o Burguês, provocando a indignação da categoria. Uma reação normal depois de ouvir essa declaração desrespeitosa, além, de evidentemente, absurda e sem nenhum fundamento. O vereador Léo Burguês valeu-se desse artifício como manobra para desviar o assunto do aumento abusivo de 62%, que elevaria de R$ 9.288,05 para R$ 15.031,76 o salário dos vereadores, mas que foi derrubado por pressão popular. Se o Burguês não sabe, o piso dos jornalistas em Belo Horizonte é de R

Jornalistas sofrem com atraso de salário

Em Montes Claros, no Norte de Minas, os trabalhadores da notícia, apesar  do patronato insistir em precarizar a  cada dia as condições de trabalho, empenham-se em exercer o jornalismo de  forma crítica e consciente, mantendo  viva a luta pela dignidade profissional.  Durante àquela que seria a visita do  Ministro do Supremo Tribunal Federal  (STF), Gilmar Mendes, à sede da 11ª  Subseção da Ordem dos Advogados  do Brasil (OAB), cancelada devido às  manifestações de professores e jornalistas da Oposição Sindical, já alertávamos  para o aprofundamento da  precarização   das condições de trabalho dos companheiros da região, com o aguçamento  do acúmulo de funções, jornadas dobradas, salário baixo e assédio moral.   E de lá para cá, apesar das denúncias, não há sinais de que esse quadro será revertido em curto ou médio prazo. E assim, os jornalistas do interior continuam angustiados na convivência diária com a permanência dos problemas, com o agravante de que nos últimos meses os trabalhad

Sindicato divulga vagas de estágio no site

A regulamentação do estágio em jornalismo é debatida há anos pela categoria, pois mesmo com a proibição da prática na década de 80, as empresas mantiveram a contratação de estagiários, aviltando a profissão. Desde então, a Fenaj e os sindicatos vêm desenvolvendo propostas como o Programa Nacional de Estágio Acadêmico, a fim de combater a exploração de mão de obra barata e a precarização da profissão. Levando esse histórico em consideração é de se estranhar a divulgação de vagas para estágio em jornalismo no site do SJPMG, sem sequer que esteja definida uma política clara de estágio, que seja capaz de contribuir para a formação dos estudantes de jornalismo, e que ao mesmo tempo possa impedir que eles ocupem postos de trabalhos nas redações e assessorias a partir das contratações indiscriminadas, que hoje prejudicam os jornalistas já formados e prejudicará aqueles que um dia ingressarão na profissão. Em defesa da valorização dos jornalistas é necessário desde já lutarmos contra

Assédio moral não é piada, é crime

Há pelo menos uma década, a luta contra o assédio moral (humilhação intencional e sistemática do trabalhador no exercício de suas funções) tornou-se uma das principais e mais importantes bandeiras do movimento sindical em nome da valorização e dignidade profissional. A política neoliberal de precarização das relações de trabalho, incluída a ameaça permanente do desemprego, é o terreno no qual se desenvolve e avançam as agressões morais contra os trabalhadores, sempre marcadas pela inferiorização, ridicularização, difamação, ironia, menosprezo, exposição a situações vexatórias, delegação de tarefas sem sentido ou irrealizáveis, rir daqueles que apresentam dificuldades e fazer piadas jocosas. As consequências dessas e outros tipos de agressões para a saúde física e psicológica dos trabalhadores são crises de choro, dores generalizadas, palpitações, tremores, insônia, depressão, dor de cabeça, aumento da pressão arterial, diminuição da libido e alcoolismo, que no limite levam à d