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Mostrando postagens de novembro, 2014

Negligência do Estado de Minas expõe equipes de reportagem ao risco

Redução da capacidade de frenagem, deslocamento em curvas e risco de aquaplanagem. Essas são algumas das causas de acidentes com uso de pneus carecas, que o jornal Estado de Minas parece ignorar ao negligenciar a manutenção da frota de veículos responsável pelo transporte das equipes de reportagem dentro e fora de Belo Horizonte. A segurança dos jornalistas, muito debatida nos últimos meses em função das manifestações contra a Copa do Mundo de 2014 não se limita somente às manifestações de rua. A categoria está exposta ao risco em diferentes situações, inclusive na correria do dia a dia quando os repórteres precisam se locomover com urgência ou grandes distâncias. É preciso lutar pelo reconhecimento do jornalismo como atividade de risco e criar um protocolo capaz de fixar medidas e padrões capazes de garantir a segurança da categoria no exercício da profissão, preservada nossa autonomia.

Vereador de Pitangui ameaça jornalista

A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas repudia com veemência a ameaça do vereador Márcio Antônio Gonçalves, mais conhecido como Denguinho, ao jornalista Ricardo Welbert, repórter do G1 no Centro-Oeste de Minas. Segundo a Polícia Civil de Pitangui, o vereador é investigado por seu suposto envolvimento em um esquema de falsificação de Carteira Nacional de Habilitação. Ricardo Welbert entrou em contato com Denguinho para esclarecer a denúncia, quando foi ameaçado. “Se isso aí sair em qualquer manchete, televisão, qualquer coisa, eu sei onde eu te encontro, falou?", disse o parlamentar ao telefone. O jornalista registrou boletim de ocorrência contra o político, por ameaça. A tentativa de intimidação sofrida por Ricardo Welbert não é um caso isolado. É expressão dos interesses políticos e econômicos, que tentam, diariamente, impedir em Belo Horizonte e no interior de Minas a prática do bom jornalismo. É preciso fortalecer a representação sindical, especialmente nas cidades do in

Diretoria aparelha sindicato

Respeitar os limites das relações entre o partido e o sindicato é um dos principais desafios de trabalhadores de todo o mundo, na luta contra o aparelhamento dos sindicatos. E no combate a essa prática que submete os interesses de diferentes categorias aos dos partidos, a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas tem sua atuação pautada por três princípios fundamentais: independência, autonomia e consciência de classe. Não estamos falando aqui de uma prática sindical antipartidária tão ao gosto dos patrões. Não se trata disso! Trata-se de principalizar as reivindicações dos trabalhadores, fortalecendo politicamente a consciência da categoria a partir de suas lutas concretas imediatas. E é justamente por ter submetido a prática sindical a interesses eleitoreiros, que consideramos inadmissível a fala do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), Kerison Lopes (PCdoB), durante o comício de apoio à presidente reeleita, Dilma Roussef, realizado

Diretoria rebaixa negociação e divide a categoria

Resistir e lutar por melhores salários ou conciliar? Essa é a contradição entre a combatividade demonstrada pela categoria e o caminho da institucionalidade adotado pela diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) nas campanhas salariais dos últimos anos. Foi justamente na institucionalidade, ao conciliar com a negociação rebaixada no Ministério Público do Trabalho, que a diretoria do SJPMG propôs, nas redações, aos trabalhadores da notícia o reajuste salarial de 7% como única proposta viável para a categoria, pondo fim à campanha salarial de 2014. Ora, todos sabemos que esse valor já está sendo corroído pela inflação real e pelos já previstos aumentos de tarifas públicas após a eleição. De lado o pífio reajuste concedido na campanha salarial deste ano, poderíamos ter como saldo positivo a disposição de luta dos Jornalistas de Minas por melhores salários, que mesmo em diferentes redações demonstraram força recusando repetidas vezes as migalhas of

Jornais pagam salários abaixo do piso

A precarização das relações de trabalho – rebaixamento salarial, não pagamento de horas extras, assédio moral, postos de trabalho ocupados por estagiários – que prejudica os jornalistas que atuam em Belo Horizonte e região metropolitana é ainda mais grave quando observamos de perto a realidade da categoria nas cidades do interior do Estado. Em Montes Claros (Norte de Minas) jornais como “O Gazeta Norte Mineira” e “Jornal de Notícias” pagam aos trabalhadores da notícia salários abaixo do já achatado piso de R$ 1.637,29 para jornais diários e de R$ 1.464,15 para publicações com outra periodicidade. O “Jornal de Notícias” paga absurdos e vergonhosos R$ 738,00 e o “O Gazeta Norte Mineira” cerca de mil reais. As irregularidades em todo o interior do Estado não se limitam ao descumprimento do piso legal. Vão desde contratos precários a explicita sujeição da prática profissional aos interesses “coronelistas” de cada região. É intolerável que os Jornalistas de Minas continuem submetid

Jornalistas manifestam indignação com decisão da Justiça

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A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, responsabilizando o repórter fotográfico Alex Silveira pela perda de 80% da visão do olho esquerdo após ter sido atingindo por uma bala de borracha disparada pela polícia, casou revolta em toda a categoria. Por todo o país, repórteres fotográficos manifestaram solidariedade com o companheiro injustiçado e indignação com a sentença. Em São Paulo, jornalistas e radialistas realizaram um ato em protesto contra a decisão do Tribunal. Alex Silveira não é a única vítima da falta de segurança no exercício da profissão. São conhecidos os casos dos cinegrafistas Santiago Andrade e Gelson Domingos, ambos da Band, o assassinato de Rodrigo Neto em Ipatinga (Vale do Aço), e a tortura sofrida pela equipe do jornal “O Dia”, em 2008, no Rio de Janeiro. Todos esses casos tem algo em comum: a falta de uma política de segurança para a categoria. Por isso é preciso lutar pelo reconhecimento da profissão como atividade de risco, criar um prot

Folha demite e precariza profissão

Ao mesmo tempo em que demite de uma só vez 15 jornalistas, a Folha de São Paulo promove um programa de treinamento para futuros "jornalistas" afrontando a fundamental e necessária exigência do diploma para o exercício crítico e digno da profissão.  O propósito do corte seria ajustar as contas do exercício que se encerra, porém, anúncio divulgado na edição do dia 29 de setembro convida estudantes e recém-formados de qualquer área do conhecimento a fazer um curso rápido de jornalismo para se credenciar a trabalhar no próprio jornal. Essa iniciativa demonstra que o objetivo das demissões é reduzir custos contratando mão de obra mais barata.  A complexidade da produção jornalística, a capacidade de reflexão crítica dos fatos pelo trabalhador da notícia – formador de opiniões, consciências e saberes – está diametralmente oposta a cursos rápidos e rasos que qualquer instituição ou os próprios jornais possam oferecer. A luta pela defesa da nossa profissão e pela garantia de